Essa antiga regra é muito apreciada por chefs e sommeliers. Ela tem três aspectos interessantes.
O primeiro diz respeito às “temporadas”, ou seja, alimentos que crescem na mesma estação ou temporada devem ser consumidos juntos.
O segundo aspecto, muito mais próximo do universo do vinho, é o terroir, ou seja, alimentos e vinhos que “crescem” na mesma região carregam “experiências” semelhantes de solo, clima, geografia etc, e, portanto, possuem muitas afinidades que podem ser exploradas no processo de harmonização.
Finalmente, o terceiro aspecto é a tradição. Não a tradição como dogma, mas como resultado de anos de experimentação, anos de um processo de tentativa e erro que resultou em combinações perfeitas.
O senão dessa regra é que ela é muito mais robusta para as regiões do Velho Mundo, onde combinações como a bisteca Fiorentina e o Chianti na Toscana, as trufas brancas e o Barolo no Piemonte, o foie gras e o Sauternes, por exemplo, são indissociáveis pela perfeição.
Apesar disso, no Novo Mundo, já estão sendo criadas tradições semelhantes, como, por exemplo, o salmão e o Pinot Noir do Oregon ou o churrasco e o Malbec.
Assim, a chance de errar usando essa regra é mínima, sempre tendo em conta, evidentemente, as outras regras.